Você me diz
alguma coisa inútil.
Alguma coisa
perturbadoramente e terrivelmente inútil.
Que nada
muda.
E assim
seguem-se os dias e as noites e as luas.
Cada um por
seu caminho solitário.
Que dizer
das estações e do tempo
Enquanto se
espera o ônibus chegar?
Acerca de
que deuses devemos falar
Ao subir o
elevador com aquela música de fundo?
Deixe que as
coisas sigam seu caminho.
O caminho
delas.
São coisas.
Sim.
E acerca de
quem falava antes?
De mim ou de
você?
Na verdade
nunca sei bem ao certo
Nossos
corpos queimaram tão intensamente
Que nada
poderia separá-los nessa fusão
Mas eis que
nos vemos separados
Unha e
carne, sangue e ossos
Fendidos pelo
destino arbitrário
Cíclico e
contínuo. Espaço e tempo.
Abstrações inúteis.
E aquela
última garrafa de vodka?
Acho que
devemos deixar para outro dia
Em outra
existência.
Quando
fizermos tudo diferente.
Não?
Um comentário:
Forte, assim como uma garrafa de vodka pra quem não bebe rs
Continuo a passar por aqui...bjos!
Andréa de Azevedo.
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