sábado, janeiro 15, 2011

Sem razão

Mesmo o sol que torna tudo belo
Não ousava entrar em meu quarto
Onde tudo era breu
Com a alma eclipsada, sem viva alma como companhia
Nem mesmo um corvo apareceu em meu umbral
Lágrimas e versos, quem iria me dizer nunca mais?
Livros empoeirados na estante
Aguardando pelos olhos já cansados, velhos, solitários
Perdidos em um horizonte de esperanças despedaçadas
E na lembrança turvada pelo wiskhy e pela vodka
Não havia mais amores, nunca existiu uma Lenore ou Helena
Quem iria me dizer esqueçais.
Sem corvo, amada ou se quer dor verdadeira,
então, por que sofria noite e dia?