domingo, dezembro 02, 2007

Erotische...

Um Sonho de Luxúria

Tudo me delicia
Um toque lascivo de sua mão
Onde mais poderia ser
Que toque doce
Excitante, perturbador... mais rápido
Por favor... nada pode parar
Eu a seguro forte, minhas mãos se desprendem de seus seios
Apenas para estacionarem mais abaixo
Que doce quentura, uma suave pele e já sinto cada cavidade escorregadia
Um movimento contínuo... um êxtase quase infinito naqueles minutos
Que doce é sentir seus lábios por todo meu corpo
Que doce é sentir todo seu corpo com os meus lábios...

Nossas mãos se prendem, como que convulsivamente
Suas costas lisas, doce pele...
Percorrendo cada centímetro... sentido cada gota de seu suor lascivo...
Deixando-a para morte daqueles minutos
Sentir e sentir cada segundo como se fosse um eterno delírio...
Como posso ser eu enquanto nem sei onde estou...
Seus braços...
Você caída e sobre ti meu corpo quente e nada mais.

Lorde Wenceslau. 27/02/2006.

terça-feira, novembro 13, 2007

Eu não estou nada bem.

Mais uma noite entregue ao nada neste quarto escuro, eu comecei a pensar se tudo não passava de loucuras da minha imaginação fértil, porém tudo se concretiza vazio, sem esperança e não sou eu que vejo o mundo desse jeito, mas sim ele que, simulando uma vontade própria, se mostrou assim, desde o momento que comecei a questioná-lo.
Os meus mitos estão todos mortos e não há ninguém em quem se apoiar, eu não estou nada bem, nada bem mesmo. Meus gritos morrem antes de existirem, reprimidos pelo meu bom senso, treino social muito útil em alguns casos, não sei bem ao certo porque, mas não me sinto bem, pensando que estou com vontade de gritar. Deus está morto e eu não estou nada bem.
O mundo provavelmente já acabou. Não quero ver os seus destroços. Quero mais uma dose de vodka. A chama pálida da vela ondula-se de um lado para o outro, mas a impressão é de ser tão frágil e fugidia. Épocas tão modernas e decorações tão medievais. Eu começo a entender o sentimento de fuga que esse lugar provoca em mim, a música de fundo, as dançarinas e meu copo com muito gelo. Deus está morto, minha mãe está longe e eu não estou nada bem.
Gostaria tanto de uma dose da alienação juvenil que impulsiona com tanto vigor a sociedade rumo ao vazio supremo, sublime e do real. Um mundo feito de imagens arquivadas em película, um mundo com cheiro de sexo descompromissado, o mundo dos sonhos dessa juventude maravilhosa e cheia de vida que para passar o tempo atira uns nos outros, mas nada que pare de vez o bom andamento da história. Como eu gostaria de me sentir vivo mais uma vez, sentindo a convulsiva vontade de não existir. Deus está morto, minha mãe está longe, Nietzsche já vai com Deus e Eu? Eu não estou nada bem mesmo.