domingo, abril 24, 2011

Cessar




Morte, mesmo que morto jaz.
Que seja com sabor de felicidade entre os lábios.
A boca cheia de whisky ou cheia do mel que escorre
de entre as pernas voluptuosas de um amor.
Sorvendo o que a vida ávida lhe dá,
antes da temida hora já não mais temida chegar
Que tudo seja súbito sem mais, a já desnecessária, dor.
E no cessar de todo canto de pássaro,
todo perfume das flores,
toda poesia que um dia saiu de sua boca.
No cessar de mais um mundo,
o cessar de mais um sonhador.