domingo, maio 08, 2011

Kind der Nacht

Quão insuportáveis são estas horas
Longe de ti, de seu toque, do seu olhar
Quão triste me sinto sem este doce ópio
No qual viciei minha mente e meu espírito
O cheiro da sua pele, cabelo, sua simples presença

Forte apatia que invade minha alma
Um medo imenso cresce e cresce
Quase sobrenatural, sobre o que sinto
Longe, tudo me parece pálido
A pele fria, sem vida
Só aquecida pela bebida que desce
Garganta abaixo, devolvendo-me a vida

Doce esperança alimentada pelo lembrar
Insuportável solidão nessa condição
As lágrimas surgem em meus olhos
Caem no abismo vazio a minha frente
Eu fico a olhar todas as luzes pálidas da cidade
Imitações de um brilho muito mais intenso

As lembranças, as sensações e os anseios
Pedaços da minha alma ir-se-ão sem a presença
Desfazendo-me aos poucos, anseio pela unidade
Um suave e agradável sonho que se desfaz na noite
Como a luz que se extingue ao cair da noite
Como o vampiro que vira cinzas por não mais aguentar
Como meu coração esquecido em uma bandeja oferecida.

2 comentários:

Unknown disse...

Belas palavras mein liebe <3

Carlos Orfeu disse...

Erguidas são as pálpebras,debruçam
em cada verso,na mãnha gris,lendo estes belos poemas sentidos na alma.