terça-feira, agosto 17, 2010

Catarse

Chuva. Música. Espírito e mente.
Rotina passiva, melancólica.
O frio de agosto e sentimentos irmãos.
Era de incertezas malditas.
Busca pelo medieval.
Na arte, na essência, na morte.
Fuga para as aventuras, as glórias.
Via fibra ótica.

Quanta modernidade, quanto conhecimento.
Quanta mediocridade, quanto açoitamento.
As vezes, esquecemos de tudo.
Na alcova de minha solidão, penso.
No leito nupcial de meu tormento, penso.

Descubro apenas trevas.
Sem pranto ou lástima.
Mesmo que este fosse um último grito
Quem saberia?

Para quem gritaria eu?
Para que alma além destas quatro paredes?
Nenhuma é tão amaldiçoada.
Nenhuma é tão açoitada. [como se sentisse o peito apertado
contra o tronco frio e sentisse a chibata
arder repetidas vezes, abrindo carne e dilacerando
músculos, ossos e espírito.]
Dilacerada.
Chuva. Música. E só.

Um comentário:

Romario Regis disse...

Para quem gritaria eu?
Para que alma além destas quatro paredes?
Nenhuma é tão amaldiçoada.

Muito legal esse trecho. Gostei bastante e espero que continue atualizando seu blog pois, os textos são bem legais.

www.romarioregis.blogspot.com