terça-feira, agosto 17, 2010

Ode ao guerreiro caído

A espada trespassa o peito
Como a flecha atravessa a maçã
O sangue sobre a neve. Os olhos turvos.
Anjos me cercam. Há luz?

Não consigo decifrar suas faces
Sem castas, sem cruzes, mas, sim, runas!
Pois não são anjos!
Posso escutar. Cantam à minha volta.
Uma melodia. Antiga. Lamuriosa. Fúnebre.

Minha mente se expande até eras esquecidas.
Até que minha consciência se perca.
As leis naturais se dissolvem a= minha volta.
Ao longe, vejo por entre as brumas, sombras.

O meu existir não mais existe.
Tudo a minha volta sou eu.
Eu sou tudo a minha volta. E digo:
Lá vejo meu pai, lá vejo minha mãe, meus irmãos e minhas irmãs
E já não sinto mais medo. É o Valhalla.

Um comentário:

Mundo da Penumbra disse...

Muito bom. Um reniniscência ao espírito da cultura "viking". Perfeito.