sábado, abril 14, 2012

Como sobrevivemos

Se eu vivesse de comedimento
Estaria morto!
Vivo, pois do vício e do destempero
Do exagero e do êxtase e Lsds
E do álcool, e do sexo casual
Não usual.
E das coisas que queimam tão intensamente quanto.

E vejo mortos, todos os dias
pelas pílulas na hora certa
pelas sessões de choro no divã
pela falta de explosões de raiva diante da ira
Enforcados por gravatas

Como podemos sobreviver à tudo isto?
contra o fluxo natural:
dos bons costumes,
de Deus,
dos nossos pais,
dos amores impossíveis.
à moral e
às imposições: moendas de mentes
Apenas com vinho barato e baratas.
(Únicas testemunhas de noites inteiras).

13/04/2012

Um comentário:

Arcanjo disse...

Maneiríssimo o poema, parabéns...