terça-feira, outubro 07, 2008

Eu começo a escrever sem muita pretenção nessas horas insones, quero mesmo é passar o tempo e fazer perder o tempo àquele que lê-me, tentanto em vão me desvencilhar de fardos quase insuportáveis. Mas é assim que as coisas se iniciam, prosseguem e terminam, uma noite após a outra, um dia depois de outro dia miseravél.
Minha cabeça suporta lembranças docemente terríveis e dores, sempre inéditas. Passo as horas passeando com os dedos pelas teclas do computador, nada me vem a cabeça, quando de repente, continuo sem nada escrever. Penso: porque não volto a dormir? Lembro-me que o meu sono desregulado me fez dormir fora de hora e que na verdade essa vigília martirizante é natural.
Começo a rememorar tudo que me vem passando nos últimos dias, coisas que me pertubam, me deixam feliz e que nada têm a ver com porra nenhuma, mas me fazem desferir descargas mentais de pensamentos, desarranjos mentais completos sobre o nada. E agora é que começa o perigo, o nada.
Agora é a hora de pensamentos infindáveis sobre a filosofia existêncial de buteco, a nata da nata do pensamento moderno! Será que eu sirvo de alguma coisa neste mundo? Vale a pena viver? Será que morrerei sozinho? A Heineken está num preço justo? Todas perguntas deveras relevantes para o bem da humanidade. Bem, para o bem da humanidade até podem não representar nada, mas com certeza me dizem respeito, principalmente a última delas.
Balanço a cabeça como se com esse gesto, inutilmente imitado, pudesse me desprender dos meus pensamentos insípidos, então, olho as horas. E digo mentalmente, merda! Preciso trabalhar.

Um comentário:

Unknown disse...

Noites e dias e tardes... Principalmente madrugadas! Nunca é justo que os melhores pensamentos nos venham no momento em que já estamos deitados!

Ah! E a 'Heineken nunca está num preço justo'! hahahaa

Adorei! Bjs