domingo, outubro 19, 2008

Sobre a solidão ou os diálogos da mente...

O que sente-se é o mesmo de estar no corredor vazio de um hospital, quando se anda pela rua e para antes do sinal fechar. O que sente-se em todo momento é o que os poetas de todas as eras e nações vêem tentando definir em sua lírica, clássico ou moderna. A filosofia, a sociologia, a ciência, todos falham na busca de respostas, pois em si falta a "poesia" perfeita para definí-la. O que sinto é indizível nas palavras, impossível de representar em números, e complicado demais para a abstração filosófica, se é que sinto mais alguma coisa. O ritmo de dois já me parece um sonho demasiado distante, a mente solitária guia-se pelos corredores torpes de mundos imaginários, cria a magia e a destrói, apenas para reconstruí-la novamente. A coisa em si e toda a dualidade individual que possa surgir do paradoxo universal que é sentir o que sinto. Primeiro devo sentir, depois devo desejar o acontecimento que este sentir suscinta, depois devo seguir um caminho em busca dessa conclusão de desejar o alvo de um sentimento, só depois descubro que posso ser feliz, mas como... se não posso buscar isso fora de mim, não posso buscar isso em ninguém... devo buscar então em mim? Logo eu que sou tão solitário? Porque então não escuto o meu silêncio em busca de respostas...

Uma voz: Humanos! Mais como são complicados estes seres!
Outra voz: Por isso são seres humanos, por isso são muitas coisas, mas continue à observá-los. O desconserto do espírito...
A primeira voz: O que houve agora?
...
A voz sábia (ou segunda voz): Isso, isso é o que ser humano de mais perfeito sabe representar... o silêncio, diz tanta coisa sem nunca dizer nada, que se quer se dão conta de quanto ele é importante e apenas o coração de um poeta apaixonado poderia expressá-lo de forma tão magnífica... e é a única coisa que consegue chegar perto da definição de solidão.

2 comentários:

Desengavetados disse...

Olá, gostei bastante da construção das vozes que pairam na mente...a partir dessa sua prosa, resolvi escrever sobre essas vozes da consciência e o pensamento fluído.
Obrigada por me inspirado!
Se quiser conferir, passa lá!
Bjoss!

Desengavetados disse...

Olá, gostei bastante da construção das vozes que pairam na mente...a partir dessa sua prosa, resolvi escrever sobre essas vozes da consciência e o pensamento fluído.
Obrigada por me inspirado!
Se quiser conferir, passa lá!
Bjoss!